Estratégia de negócios
Se o empreendedor teve um ano anterior bem-sucedido, é hora de se concentrar mais ainda. O caminho é criar uma estratégia de negócios e separar a sorte da eficiência. Os contratos aleatórios devem ser separados dos que foram arduamente prospectados. O importante realmente é saber distinguir os avanços que contaram com sua inventividade direta daqueles que dependeram da intervenção de um sócio, empregado ou amigo.
Ao analisar os fracassos, os critérios são mais ou menos os mesmos.
Onde erramos sozinhos e quando perdemos oportunidades e dinheiro por termos terceirizado as decisões? Nossos erros foram contaminados por excesso de confiança, indiferença, falta de cuidado com os detalhes ou por nossos egos exaltados?
Tanto para os empreendedores bem-sucedidos quanto para os nem tão bem-sucedidos assim as perguntas são óbvias.
A imensa dificuldade é conseguir respondê-las e nos preparar para a oportunidade de renascimento até os idos de março, quando os negócios e as agendas retornam à plena carga.
A avaliação é importante porque temos que identificar e tentar nos desvencilhar de hábitos que nos prejudicaram. Ao mesmo tempo devemos considerar se as atitudes que nos conduziram ao acerto ainda funcionarão no futuro imediato.
Isso nos obriga a um mergulho profundo em nós mesmos, com a alma desnuda, com nossos egos sob absoluto controle. O importante é aproveitarmos os acertos e erros, os ganhos e prejuízos do ano que se encerra e nos energizarmos para o grande salto à frente.
Se, por um lado, a fase de transição de um ano para o outro ajuda no renascimento, por outro, as dificuldades a serem superadas continuam imensas.
Mas, nestes instantes de mais serenidade, podemos nos dar ao luxo de nos inspirarmos nos versos da poetisa Cecília Meireles, no Cântico XIII, do seu livro “Cânticos”:
“Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.”
Marco Roza é diretor da Agência Consumidor Popular e estrategista de novos negócios
Fonte
UOL Economia
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