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Oportunidades de negócio

Oportunidades de negócio

No dia da pequena empresa, falemos sobre oportunidades de negócio. Leia a história da secretária virtual e do bancário que faz sabão e fatura R$ 2 milhões por mês.

Trocar o certo pelo duvidoso não é decisão fácil para ninguém. Mas um ex-bancário do interior do Ceará e uma secretária que já trabalhava há 12 anos na mesma função decidiram mudar os rumos de suas vidas. Tornaram-se, assim, empreendedores com essas oportunidades de negócio. A troca deu certo. Francisco Assis consegue faturar R$ 2 milhões por mês com duas fábricas de produtos de limpeza. Similarmente, Deisiane Zortéa já ganha mais do que quando estava empregada em regime CLT.

As oportunidades de negócio

Os dois fazem parte de uma nova realidade do País: a dos profissionais que decidem abrir uma empresa não por necessidade, mas porque enxergam uma boa oportunidade de negócio. Veja os dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM), divulgada pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). De acordo com a pesquisa, para cada negócio aberto por motivo de desemprego ou falta de dinheiro, 2,24 começam por meio da identificação de uma oportunidade.

Francisco Assis — fabricação de sabão

Inicialmente, Francisco Assis trocou a sala de aula e o cargo de professor de ciências para ser bancário. Assim, foi funcionário durante treze anos do Banco do Brasil em Ipaumirim, interior do Ceará. No entanto, Assis temia ser transferido para outra agência em qualquer lugar do Brasil. Por isso, decidiu abrir um negócio próprio. Mas não só por isso. Direcionou suas energias para um produto muito consumido na região: o sabão. “Eu queria ter outros horizontes e autonomia sobre mim”, explica.

Desse modo, sem nenhum conhecimento sobre produtos de limpeza, o ex-professor afirma que, primeiramente, buscou informações sobre a fabricação do produto. “Fui descobrir como fazia.” Desse modo, no início da década de 90, contratou três pessoas que entendiam sobre a produção de sabão. Comprou, também, uma pequena fábrica por R$ 30 mil. A forma de trabalho era artesanal e o empresário consegui, ainda, conciliar os primeiros passos como empreendedor com a carreira no banco.

Posteriormente, em 1995, Assis deixou o banco. Nesta época, o empresário já vendia 150 toneladas por mês de sabão nos supermercados e pequenos atacados de Ipaumirim. Hoje, a produção é de 300 toneladas. Logo depois, os produtos receberam o nome de sabão Baleia e sabão Nova Aurora.

Crise e dívidas fiscais: a volta por cima

Porém, nem tudo saiu como o planejado. Em 1997, o empresário passou por uma crise. Isso resultou em dívidas fiscais de R$ 150 mil. A saída foi negociar.

“No mercado onde eu queria comprar matéria-prima, se eu pedisse um prazo, todo mundo me dava. Eu comprava baseado no que iria vender até gerar capital de giro. Não adiantava eu ter estoque”.

Mesmo nesta situação difícil, Assis se orgulha de não ter fechado as portas nem demitido ninguém.

Em seguida, o empreendedor colocou a casa em ordem e, então, uma mistura de sorte e dedicação fez Assis ampliar seus negócios. Ele adquiriu uma fábrica do mesmo ramo em Juazeiro do Norte, também no Ceará, e batizou o sabão de Juá.

A linha de produtos foi, também, ampliada, e a fábrica hoje ainda produz amaciante, água sanitária, detergente, desinfetante e sabão em pó. Nesse sentido, a empresa já vende para o Piauí, Paraíba, Pernambuco, Ceará e Bahia. “A meta é chegar em todo o Nordeste”, completa Assis.

Como resultado, com as marcas Juá, em Juazeiro do Norte, Baleia e Nova Aurora, em Ipaumirim, o grupo emprega 121 pessoas. Atualmente, só a de Juazeiro produz de 750 a 800 toneladas de produtos de limpeza.

Deisiane Zortéa — Secretariado Remoto Executivo

Assim como Francisco Assis, a paranaense Deisiane Zortéa também tinha o seu emprego. Mas uma ideia e a vontade de ter mais qualidade de vida foram suficientes para ela montar o serviço de secretária remota. Hoje, Deisiane atende vários clientes. “São profissionais liberais, micro e pequenas empresas que não tinham condições de pagar uma secretária, ou não tinham espaço físico”, explica.

Zortéa não fala sobre faturamento. Mas afirma que já ganha mais do que quando trabalhava como secretária. O seu salário na época girava em torno de R$ 1.600. “ Tenho clientes fixos, contratos mensais, para dois e três meses e tem aqueles que chamam eventualmente”, conta. O negócio, que já tem um ano, atende a profissionais e microempresas em Curitiba, Belo Horizonte e Florianópolis.

Para garantir a continuidade de seu negócio, ela estabelece um contrato de confidencialidade com todos os clientes. Desse modo, garante o sigilo das informações. Os interessados recebem, ainda, um relatório com as informações dos serviços prestados, e o tempo dedicado às atividades. Devido à demanda, a empreendedora já pensa em contratar sua primeira funcionária. “Eu posso atender, no máximo, dez clientes por mês”, afirma a empreendedora, que hoje trabalha sozinha. Definitivamente, o secretariado remoto executivo é uma das excelentes oportunidades de negócio, inclusive, atualmente como franquia.