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Parar de reclamar pode mudar a sua vida

Parar de reclamar pode mudar a sua vida.

Você sabia que parar de reclamar pode mudar a sua vida?

No artigo anterior, sobre ser proativo e reativo, mencionamos que as pessoas proativas influenciam o meio, garantem harmonia e iluminam todos ao seu redor. Em suma, nunca se sentem vítimas das circunstâncias. Escolhem com sabedoria as coisas que podem influir para uma mudança significativa que atenda a muitos.

Assim, uma das características que percebo nas pessoas proativas que me relacionam é que eles nunca reclamam. Desse modo, procure perceber isso também com algumas pessoas que você admira. Reclamação é um item que está fora do dicionário dessas pessoas.

Por exemplo, pessoas que reclamam costumam ter na ponta da língua palavras como estas: “a crise está pegando…”, “não está fácil para ninguém…”, “o mercado só quer explorar…”, “ter que sair na chuva para ir ao trabalho é o …”, “não suporto aquela pessoa…”, “……….”. Nossa, só de escrever isso aqui me deu um desânimo.

Teste 1: dia da reclamação.

Primeiramente, fique um dia inteiro reclamando por qualquer coisa. Ao final do dia, observe-se e perceba como você está se sentindo, como está a sua fisionomia, suas emoções? Se desejar, pode compartilhar conosco.

A Neurociência já estudou que os pensamentos, gestos, palavras, ações negativas atuam com um processo químico no corpo, que destroem ou degeneram as células muito mais rápido do que o normal. E isso é muito ruim, não é? Por isso, parar de reclamar pode mudar a sua vida.

Teste 2: dia da gratidão.

Em seguida, passe um dia todo sendo grato, simplesmente agradeça, por qualquer coisa que lhe acontecer, pelas coisas boas (e até ruins, que servem como aprendizado). Agradeça pela vida, pelo dia, pelo trabalho, pelos amigos, pelo alimento, por tudo o que você desejar agradecer.

De modo semelhante, novamente no final do dia observe-se e perceba como você está se sentindo, como está a sua fisionomia, suas emoções. Melhorou, não melhorou?Então, lembre-se: tudo muda quando você muda.

Atenção: em uma palestra que ministrei uma vez, uma participante disse que reclama mesmo para o chefe, pois ele sempre paga o seu salário atrasado. No entanto, nesse caso, reclamar é bem diferente de reivindicar direitos, ok?

Para complementar este artigo, descrevemos aqui o princípio 10 x 90 da resiliência e proatividade, com a contribuição da Professora Pedagoga Vânia Lucia Slaviero, baseada no cientista Dr. Steven Cohen:

O que é o princípio 10×90 e como que ele funciona?

Você não tem controle da situação em 10% que lhe acontece. Por exemplo, o trânsito engarrafado, a falta de energia elétrica, o sinal que fica vermelho, a chuva no final de semana ou no feriado. Mas os 90% restantes estão em suas mãos. Como? É o jeito como reagimos àquilo que nos aconteceu. A reação está em nosso total controle. É quando podemos, pela liberdade de escolhas, usar aquilo que já estudamos: o terceiro e quarto cérebro. E isto faz a grande diferença.

Reações dos “quatro cérebros”.

O que você faz quando o trânsito engarrafa? Xinga? Discute? Buzina? Gerando uma taquicardia e ansiedade? Esta é a reação específica do primeiro e segundo cérebro. Mas é instintivo.

Ao contrário, quando você está diante de um trânsito engarrafado e aproveita para ler, ouvir uma música e até cantar, pode colocar os seus afazeres em ordem, as suas ligações, responder recados ou até mesmo relaxar observando o céu, meditando.

Isso é uma atitude mais resiliente do terceiro e quarto cérebro.

Eu tenho uma aluna, por exemplo, que aproveitou todo o trânsito do trabalho para fazer um curso completo de inglês. Antigamente, reclamava do trânsito e depois falava: “poxa, é a hora que eu tenho para fazer toda a minha atividade que eu não consigo fazer em casa”. Uma mente muito resiliente e esperta, não é? Desse modo, é evidente que, mais uma vez, parar de reclamar pode mudar a sua vida.

Do mesmo modo, quando chove no final de semana ou no feriado, qual é a sua atitude? Reclama, fica emburrado, diz que perdeu tempo, que o final de semana e feriado serão horríveis? Ou você aproveita para curtir as pessoas, assistir a um filme, ler um bom livro, descansar mais?

Assim, dependendo de como eu reajo aos acontecimentos, terei estresse no meu corpo e mente, gerando tensões nas minhas relações e até mesmo doenças. Além disso, dependendo de como escolho reagir, eu posso me tornar criativo, pró-ativo, sendo um ótimo exemplo educativo para os que me cercam.

Isto, sim, é ação resiliente.

Portanto, lembre-se:

As pessoas, direta ou indiretamente, estão observando você, estão aprendendo com você: desse modo, podem ser aprendizados positivos ou negativos. Nesse sentido, a pergunta é: como quero impactar o meu mundo interno, a minha saúde? E como quero o mundo ao meu redor? Em vez de reagir, aja com consciência e faça ótimas escolhas. O cientista Aldous Buckley dizia: “realidade não é o que aconteceu com você, e sim como você reagiu ao que lhe aconteceu”. E a reação está em suas mãos. Que sejamos mais e mais resilientes, sábios e inteligentes. E assim, com certeza, seremos mais felizes.

Vania Lucia Slaviero

Instituto Educacional de Bem com a Vida.